Doping do Porto (2)
“Toda
a gente aqui do Porto sabe da ligação intestinal dos andrades com o
Fernando Póvoas (faz parte da administração e do Conselho Consultivo do
FCP), especialista em "medicação" para emagrecimento e a ligação deste
com os medicamentos que têm de ser "manipulados" à medida de cada um e
feitos somente em 2 ou 3 farmácias aqui no Porto (Pereiró, Clérigos). Até
serem banidos do formulário galénico nacional, as substâncias
preponderantes nessa manipulação eram o Dinintel e o Pesex que são
anfetaminas. Hoje em dia consegue-se obter derivados de anfetaminas em matéria prima que seria usada para veterinária.
"Quanto
aos donos das farmácias é só pesquisar no site do Infarmed. Não sei
quem são nem a que clube pertencem. Os produtos mencionados, derivados
de anfetaminas, são detectados nos controlos anti doping, tal como todos
os outros que estão na lista negra da ADoP. A ciência está em não levar
esses jogadores ao controlo ou se forem chamados "mijarem" com a urina
de outro.
Conheci
pessoalmente um ex jogador profissional de hóquei em patins do porto.
Por ser asmático, tem o direito de usar broncodilatadores (ventilan) que
é das substâncias que mais influencia o rendimento de um atleta pois promove uma maior capacidade pulmunar. Mas ele não é asmático.
O Síndrome Lopetegui (Ensaio)
Lopetegui
não é um treinador em construção porque já tem 50 anos. Lopetegui é um
treinador que é o exemplo perfeito de alguém que não tem talento para a
profissão que escolheu, alguém que atingiu o nível de incompetência
(“Princípio de Peter”) há muito tempo e que até já o ultrapassou
revelando isso de uma forma muito clara. Algo que eu já tinha afirmado
no passado, embora nunca quisesse fazer muito ruido sobre o assunto
porque sempre mantive o secreto desejo de que continuasse a treinar o
Porto.
Lopetegui
atingiu o auge da carreira quando chegou às seleções de formação de
Espanha, que tem dos jovens mais talentosos do mundo no seu grupo
etário.
Chegou
lá não por ser competente mas porque tinha bons padrinhos, porque nasceu
no País Basco o mesmo pais de onde é originário o presidente da FEF, o
basco Angel Villal.
Habituado
a receber todos os anos fornadas de jovens jogadores, os mais
talentosos formados nos melhores clubes de Espanha, esse talento (que
ele não formou) levou-o à glória quando ganhou importantes troféus
internacionais que lhe enriqueceram o CV.
Devido
à proverbial falta de talento para a profissão que escolheu, a
“deformação profissional” adquirida nas selecções jovens marcou-o para a
vida, por isso agora como treinador do Porto tenta repetir e replicar a
fórmula mágica que tão bons resultados lhe deu, como se treinar um
clube profissional de futebol fosse igual a treinar selecções jovens.
Como se num clube profissional de futebol se possa mudar ano após ano
15-20 jogadores substituindo-os por 15 novos e conseguir com isso bons
resultados. Resultou nas jovens seleções espanholas, devido à natureza
do facto, mas dificilmente dará resultado num clube profissional de
futebol.
A sua primeira é única experiência no futebol profissional (Rayo Vallecano) foi um desastre!
"El
equipo, con jugadores de renombre y planificado para el ascenso, cae en
dos anos de la Primera Division à la Segunda B. Acaba la Liga en el
puesto 21º con 43 puntos y 45 goles a favor y 63 en contra”.
Por
uma questão de bom senso, também intuitivamente, sabemos que não pode
dar certo. Num clube de futebol os jogadores precisam de estabilidade
para crescer, precisam acima de tudo de tempo para desenvolverem as suas
múltiplas aptidões e capacidades, para se conhecerem uns aos outros,
para formarem uma equipa. Mudar constantemente de jogadores não cria
estabilidade, cria instabilidade. E isso é mau para quem quer formar uma
equipa, por mais talentosas que sejam as individualidades. Mas ele não
sabe nem consegue fazer melhor porque não tem dentro da cabeça a imagem e
a visão empática dos modelos de jogo que caracterisam os melhores
treinadores.
Como Benfiquista acho que Lopetegui é o homem errado no lugar certo. lol!
Estou
convencido de que Lopetegui não irá acabar o ano à frente do Porto e
irá ser substituido por André Vilas Boas, outro treinador
hipervalorizado porque também não é tão bom como o pintam. O sua
carreira em clubes de nomeada provam-no. Tem entradas de leão e saídas
de sendeiro.
JJ
também não é tão bom como o pintam. Eu já afirmei que treinar o
Sporting não é igual a treinar o Benfica, a diferença de dimensão é
gigantesca, os começos marcaram para sempre a diferença de culturas, a
implantação social e a capacidade financeira são muito diferentes. A
diferença de estruturas actualmente é gigantesca.
O
facto de querer levar consigo uma meia dúzia de técnicos, e não só do
Benfica, prova a sua dependência e habituação em quem lhe “fazia a
papinha toda”.
Os
sportinguistas legitimamente pensam que JJ pode duplicar no Sporting o
sucesso que teve no Benfica, mas os adeptos são sempre os últimos a
perceber a realidade dos factos.
O Sindrome Casillas (Ensaio)
Ora
na realidade o “Sindrome de Casillas” pode ser apelidado factualmente
de “Sindrome do Jogador Habitualmente De Alta Roda Mas Que Não Sabe
Envelhecer Com Dignidade”, e porquê?
1
– Já estava no Real Madrid há uns três anos a fazer performances
vergonhosas mas por uma questão de relação com adeptos e clube acabou
por ficar com lugar cativo
2
– O salário exagerado relativamente à qualidade das actuações ditou um
azedume nas relações com treinadores e adeptos menos apaixonados por
nomes.
3 – Não aceitando o seu declinio preferiu manter-se no Real sem dignidade que buscar uma saida com gloria.
4 –
Saiu para Portugal, mas não à-La-Schmeichel, i.e., não tem entrega, nem
carisma, está timido no seu papel e apagado na sua dimensão.
5
– As suas exibições pelo Porto pautam-se por uma defesa dificil em não
sei quantos jogos, e muitas falhas que só são cobertas jornalisticamente
como falhas da equipa porque o espanhol é quase um Deus no seu pais.
6
– Os sintomas de falta de auto-estima são de tal forma grandes que se
tem vindo a apagar a chama inicial de que o Porto poderia ser a porta
bonita de saida do futebol profissional, a par do Euro 2016.
7
– Por culpa própria Casillas está a sentir cada vez mais o peso deste
sindrome. Para mudar bastaria mudar a sua atitude, gritar com os
centrais, motivar os mais novos com umas caralhadas bem mandadas na
altura certa e sair da baliza com os olhos na bola, relacionar-se mais
como pai da equipa. O Helton tem feito mais isto do banco que o Casillas
no campo.
8 – Tem lugar cativo porque… porque senão até Gudino já o tinha limpo.
9
– Se este homem não tivesse a mulher que tem, seria infelizmente mais
um caso que facilmente desembocaria em Robert Enke; tão visivel é a sua
fragilidade psicológica (digo isto sem a minima comicidade)
O
Sindrome de Casillas e uma conjunção tipica de sintomas de profissional
habituado ao estrelato com medo de se perceber a envelhecer. Quantos,
mas quantos grandes nomes voces viram sofer deste mesmissimo problema?
Quantos?
Muitos.
Florentino Perez e Casillas
Ele disse-me para o ajudarmos a sair, que tinha uma oferta boa, do FC Porto, mas que não chegava ao que ganhava no Real. Não
lhe pagámos os dois anos que lhe faltavam, é um tema complexo que
depois foi corrigido com a situação fiscal. Cobra os dois anos que ainda
tinha com o que lhe paga o FC Porto e ainda um dinheiro que lhe dá o
Real. Se alguém não despediu o Casillas foi o Florentino, afirmou o presidente do Real Madrid, numa entrevista à Cadena Cope.
Doze
milhões de euros é o valor que o Real Madrid aceitou pagar a Iker
Casillas para acelerar o processo de transferência do guarda-redes para o
FC Porto. O montante representa quase metade do valor a que o jogador,
de 34 anos, teria direito pelos dois anos de contrato que ainda o
ligavam aos merengues: 25 milhões de euros brutos. Os números foram
revelados pelo diário espanhol ‘El País’, que garante ainda que os
dragões ficam responsáveis pela quase totalidade do restante salário do
atleta. Casillas ganhará em Portugal cerca de quatro milhões de euros
limpos por ano.
O Evangelho Segundo o Santo “Expresso”
«Jorge
Jesus atendeu o telefone, e do outro lado da linha estava o senhor X,
que ele conhecia de outras andanças, de outros negócios. “Está tudo bem
contigo e com a tua família?”, perguntou o senhor X, mas o que lhe
interessava saber era como estavam as coisas entre ele e o Benfica. O
senhor X abriu o jogo, disse-lhe que estava a telefonar mandatado pelo
Sporting e por Bruno de Carvalho (BdC), que o queria a ele e não queria
Marco Silva. “É tudo muito bonito”, respondeu-lhe Jesus, mas o senhor X e
BdC só podiam estar malucos — onde é que já se tinha visto aquilo, o
Sporting com dinheiro para pagar o que pagava o Benfica, se o que se
contava era que não tinha um euro para mandar cantar um cego?... O
senhor X descansou-o.
“O
dinheiro é com o Sporting”, disse ele, pedindo-lhe que avançasse um
número, não aquele que achava poder receber em Alvalade, mas o que
realmente queria. “Cinco milhões.” O senhor X anotou e prometeu
ligar-lhe dentro de dias com novidades. Despediram-se. Uma semana
depois, o senhor X voltou a ligar, e Jesus ouviu o que queria. “Cinco
milhões de euros. Se quiseres, são teus.” Jesus não quis, ficou de
pensar no assunto, ainda tinha tempo. Aqueles eram os primeiros dias de
maio, e nem ele nem Luís Filipe Vieira tinham falado da renovação; e
havia um campeonato e uma Taça da Liga para ganhar. Além disso,
sobretudo por isso, Jorge Mendes ficara de arranjar-lhe um clube grande
dos grandes campeonatos.
Do
lado do treinador, o assunto ficou em banho-maria, mas em Alvalade
começou a cozinhar-se um futuro com Jesus, e as informações não
demoraram muito a transpirar do edifício da SAD. No dia 18 de maio, uma
segunda-feira, num almoço informal de Bruno de Carvalho com três
jornalistas, o tema Jesus caiu no prato. “Isso é impossível”, desmentiu
BdC. Tudo treta, conversa do Jesus para o Benfica subir a parada. Na
quarta-feira, 20 de maio, “A Bola” fez manchete: “Sporting quer Jesus” —
e BdC voltou a desmentir. “Se ele vier”, ironizou na Euronext Lisbon,
“o Cristiano Ronaldo e o Messi também são bem-vindos, de caretas.”
BdC
tinha de manter cara de póquer enquanto esperava que Jesus resolvesse a
sua vida; e a vida de Jesus estava nas mãos do deus dos agentes. No dia
26 de maio, terça-feira, o treinador e Jorge Mendes jantaram no Hotel
Tivoli, e o segundo mostrou ao primeiro a carteira de clientes.
Pediu-lhe compreensão. “É o que há”, confessou Mendes. O que havia era
poucochinho: o Real Madrid preferia um espanhol a um estrangeiro; a
reunião com Laporta não dera em nada; e Bartomeu continuaria presidente
do Barcelona e Luis Enrique treinador do Barcelona. E, continuou Mendes,
já que nem os oito milhões dos chineses nem a Lazio lhe serviam, o
Qatar era uma alternativa simpática, uma espécie de aninho sabático e
bem pago (seis milhões de euros), enquanto Laurent Blanc não caísse da
cadeira no PSG. Jesus disse a Mendes que não queria nada daquilo, e
Mendes disse a Vieira que Jesus não iria a lado nenhum. O presidente do
Benfica iria tentar convencer Jesus uma última vez.
A
29 de maio, sexta-feira, o Benfica venceu a Taça da Liga (2-1 ao
Marítimo), e Jorge Jesus marcou um treino para o fim de semana, porque a
época só acabava no domingo. Depois do jogo, no autocarro, Luisão disse
a Jesus que nem pensar, que era tempo de férias e que havia malta com
bilhetes na mão para o Brasil. O treinador cedeu. Mas Jesus ainda não
estava de férias. Na segunda-feira, 1 de junho, encontrou-se com Vieira
na Luz e falaram sobre o que queriam fazer do Benfica. Avisado
por Mendes e com as capas dos jornais na cabeça, Vieira garantiu a
Jesus o mesmo ordenado, sob algumas condições — a tal fórmula 20 + 5, um
plantel com 20 jogadores à escolha do treinador e cinco miúdos da
formação. Em 30 minutos, Jesus ficou a saber ao que ia; nos restantes
90, ficou a perceber ao que Vieira ia. “Vê lá a tua vida, tens família,
casa, não estás para novo, o Mendes consegue arranjar-te um clube onde
ganhes bem.” E falou-lhe do avião que estaria pronto, assim que Mendes
viajasse nele do Porto para Lisboa, e que os levaria para Paris.
Jesus
sentiu-se a mais e ligou a um amigo: “Estes gajos não me querem lá.” No
dia seguinte, ele, o advogado e o amigo encontraram-se às 8h30 na sua
segunda casa na Aroeira, construída com 800 mil euros avançados pelo
Benfica. Jesus não tinha pregado olho, dizia que não sabia o que faria
da vida e pôs-se a divagar sobre o Benfica, com quem tinha contrato,
sobre o FC Porto, que o abordara há meses, e sobre o Sporting, que lhe
prometera cinco milhões de euros.
O
pensamento foi interrompido por um telefonema. “Já tens as malas
prontas?” Às 8h50, Vieira pressionou-o para ambos irem com Mendes a
Paris, mas Jesus negou-lhe o capricho, porque não iria para uma mostra
pela mão de ninguém. Discutiram durante cinco minutos, e a chamada
terminou com um “volto a ligar-te” do lado de lá.
Foi
então que Jesus pôs em marcha o plano: telefonou ao senhor X, que ligou
a Bruno de Carvalho, e este pediu ao senhor X que dissesse a Jesus para
estar na casa do administrador Rui Caeiro, na morada tal, às nove da
noite. Jesus jantou com BdC e com Rui Caeiro e, em 10 minutos, acordaram
os valores; o resto foi conversa de bola até às quatro e meia da manhã.
O dia seguinte, 3 de junho, quarta-feira, seria longo e começou pelas
8h30, quando Jesus deu a palavra a BdC de que seria o seu novo
treinador. Seguiram-se duas reuniões: uma, às 15h30, em Alvalade, entre
BdC, dois administradores leoninos, o senhor X e o advogado de J.J.; e
outra, às 18h, num escritório de advocacia, com J.J. num dos pisos, os
administradores do Sporting noutro, BdC em Alvalade e os advogados a
fazerem ‘piscinas’ entre andares. Às tantas, o Sporting fez uma
exigência: a cláusula de rescisão. Jesus não gostou: só por uma vez
tivera cláusula, com o Benfica, e se o Sporting não retirasse a alínea
ele lavaria as mãozinhas da coisa e ficaria na Luz, de onde lhe
telefonavam há horas sem que ele atendesse. Vieira, Paulo Gonçalves
(responsável jurídico das águias) e Rui Costa; e um deles deixou a
mensagem: “Cinco, seis milhões de euros.” Era tarde. BdC cedeu a Jesus e
fez-se um memorando de entendimento. Às 21h, a notícia rebentou: J.J.
no Sporting. [Fontes próximas do Benfica negam a oferta de última hora e
garantem que as únicas mensagens trocadas entre Jesus e Vieira
aconteceram às duas da manhã: J.J. disse ao presidente que tudo o que
vinha nos jornais era verdade; Vieira disse a J.J. que a lealdade não se
compra por tuta e meia.]
A
assinatura do contrato foi adiada de quinta-feira, dia em que Jesus foi
barrado no Seixal, para sexta, porque o Sporting queria resolver-se com
Marco Silva; e J.J. atrasou as suas férias dois dias (partiu num
cruzeiro no sábado, 6 de junho). Ainda houve um contratempo: uma das
vias do contrato estava mal reconhecida, e o problema só ficou resolvido
às 22h, com uma esferográfica a pôr o preto no branco no meio da rua.
Estava feito. J.J. lá foi para as Américas, por entre flashes e
perguntas sem resposta no aeroporto de Lisboa; a 9 de junho,
terça-feira, BdC referiu-se a este ‘golpe’ como “a bicada do século”,
num encontro com jornalistas. A guerra entre Benfica e Jesus começava
aqui — os da Luz não lhe pagariam o salário de junho e lançariam uma
intenção de processo por quebra unilateral do contrato. Para o Benfica,
J.J. trabalhou em Alvalade quando ainda era seu assalariado.
Há dois
indícios públicos de que Jesus tenha pulado a cerca antes de tempo:
primeiro, Danilo, que o Sporting quis mas acabou no Dragão, disse que
andava a falar com Jesus por telefone, a 13 de junho, um sábado; depois,
o próprio Jesus foi apanhado pelos jornalistas na quarta-feira, 17, em
Alcochete, naquela que apelidou de visita de reconhecimento. [Entre
Danilo e Alcochete, Rui Vitória foi apresentado no Benfica a 15 de
junho.]
Foi
um erro tático de J.J., e um amigo disse-lhe que tinha dado muito nas
vistas e que não devia admirar-se se o Benfica não lhe pagasse o salário
de junho. “Mas então porquê?”, perguntou J.J. “Espera e verás.” Não foi
preciso esperar muito. Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica,
enviou uma carta a 23 de junho a pedir a comparência de Jesus na Luz no
dia 26, por questões de “extrema gravidade”, mas a missiva só chegou ao
treinador a 29 porque fora enviada para a antiga morada — a primeira
casa na Aroeira. Foi Ivone, a mulher de J.J., que deu com ela. [“Não é a
morada errada, mas a que consta nos Recursos Humanos. Quem tinha de
mudar o endereço era o visado”, refuta alguém próximo da Luz.] Jesus
responde a 29, escrevendo que fora “escorraçado do Seixal” e que por
isso não tinha nada que comparecer no estádio. O Benfica recebe o texto
de J.J. a 30, o último dia do contrato que ligava as partes.
A
5 de julho, o dinheiro não caiu na conta de Jesus, que esperou um pouco
mais, porque era domingo e podia ter havido um atraso no sistema. A 8
de julho, quarta-feira, J.J. telefonou a Vieira, que lhe disse que o
Benfica não era com ele, que não tinha nada a ver com aquilo, que era
coisa de Soares de Oliveira. O impasse prolongou-se até meados do mês,
até que Vieira deu autorização para que as partes começassem a falar. Os
dois advogados, do Benfica e do treinador, puseram-se em contacto e
alinhavaram uma data para uma reunião: 3 de agosto, segunda-feira, um
dia depois do casamento de Jorge Mendes, onde Jesus e Vieira conversaram
sobre o tema. Mas o encontro é adiado para 10 de agosto, logo após a
Supertaça, que o Sporting ganhou por 1-0; a 13 de agosto, o “CM” fez
manchete com as mensagens de Jesus aos jogadores do Benfica enviadas
antes da Supertaça; e a 14 de agosto, às 17h11,
a entourage de Jesus
recebeu a informação de que o Benfica iria acionar judicialmente o
treinador por quebra de contrato. Ninguém avisou J.J. das intenções dos
encarnados, porque o Tondela-Sporting se jogava nessa noite, mas
convenceram-no a falar das SMS com Talisca após o encontro... se o
ganhasse. “Assim, vais de peito cheio.” O Sporting venceu em Aveiro, por
2-1, e Jesus desafiou o Benfica a mostrar as SMS na conferência de
imprensa. J.J. tem a certeza de que nenhuma mensagem trocada com os
futebolistas encarnados o compromete — teve uma “conversa de chacha” com
Talisca quando Bruno Paulista lhe perguntou pelo antigo colega do
Bahia; falou com Salvio porque quis saber como é que ele andava de
saúde; e recebeu algumas SMS que lhe massajaram o ego, como esta: “Desde
que se foi embora, isto é um descanso, mister.”
A
história ganhou vida: no domingo, 16 de agosto, o comentador Rui Santos
revelou na SIC Notícias que Jesus não recebeu o ordenado de junho; e,
na segunda-feira, o Expresso escreveu que o Benfica queria processar
Jesus em 7,5 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão. Agora,
não há volta a dar, chegou-se a um divórcio litigioso e só há duas vias a
seguir: tribunal de trabalho ou arbitral. A primeira hipótese, mais
demorada, será a mais real. Porque o Benfica e Jesus vão marcar-se um ao
outro esta época. Como um gato e o rato, que lhe fugiu.»
(Fonte Expresso).
Sobrinho mente à CMVM:
“Tive curiosidade e fui ler cuidadosamente o que dizia o R&C 2013/14 do Sporting sobre a Holdimo:
“Aumento
do capital social da Sporting SAD por entrada em espécie, a realizar
por subscrição particular pela sociedade Holdimo – Participações e
Investimentos, SA, no montante de Euros 20 milhões, mediante a conversão
de um crédito daquela entidade sobre a Sporting SAD, resultante de contrato de parceria de cooperação financeiro-desportiva,
através de emissão de 20 milhões de novas ações ordinárias, escriturais
e nominativas, com o valor nominal de 1 Euro cada, pelo preço de
subscrição de 1 Euro cada”.
Depois voltei a ler a resposta do Alvaro Sobrinho à CMVM:
"É
perentória e categoricamente falso que eu, Álvaro Sobrinho, ou a
Holdimo, da qual sou acionista, na qualidade de acionista da Holdimo, tenhamos feito qualquer investimento directo na SAD do Sporting. Ao contrário do que publicitou a CMVM, nunca houve entrada de dinheiro da Holdimo ou de mim próprio na compra de acções da SAD do Sporting.
A CMVM sabe que foi o Sporting Clube de Portugal que propôs a entrada
da Holdimo no capital social da SAD, numa operação que na altura a
Entidade Reguladora aprovou sem qualquer reserva"
O R&C diz
taxativamente "resultante de contrato de parceria de cooperação
financeiro-desportiva", ou seja, há dinheiro vivo que entra no Sporting,
no valor de 20M€ e o Alvaro Sobrinho tem a coragem de oficialmente negar essa informação.
A
Holdimo tem 26% da SAD do Sporting, o dono diz que não... Será que os
26% são uma ilusão, será que são uma garantia formal de um empréstimo,
será que são trapaça ou será que as declarações do Sobrinho são um jogo
de palavras de um advogado habilidoso...?
Sobrinho
emprestou sim dinheiro a Godinho e não foi a pronto para este pagar
salários , a Holdimo era uma das financiadoras do Godinho que não
conseguia sustentar a massa salarial de 45M , por isso a época do 7º
lugar , porque Sobrinho deixou de emprestar dinheiro e os jogadores
ficaram com os salários em atraso.
Vilarinho e o despedimento de Mourinho
“Já
estou farto de contar essa história, já toda a gente sabe. Ele contou no
livro. Mas vou contar, pronto. O Mourinho ganha 3-0 ao Sporting.
O
Benfica não jogava nada. Tinha uma equipa que era uma porcaria, até eu
era capaz de ter lugar, ou pelo menos era um suplente muito utilizado. É
que não jogavam nada, nem tinham forma de jogar, porque não havia
matéria-prima. E o senhor Mourinho, que é um excelente treinador e
condutor de homens - é meio bruxo - consegue mudar aquelas mentalidades.
O
senhor Mourinho ganha 3-0 ao Sporting sem saber ler nem escrever,
aquilo aconteceu. E isto é um sábado. Segunda-feira temos reunião da
direção e aparece ali o Mozer [adjunto de Mourinho], estranhei. E o
senhor Mourinho diz isto: “ou me renova o contrato mais um ano ou amanhã
já não dou o treino”. Ele nunca gostou de mim, não sei porquê, devia
pensar que eu não gostava dele."
"Ao Mourinho respondi-lhe: “então 'faxavor' vamos fazer contas e vai-se embora. Eu nunca mais tinha mão naquilo assim."
"E
os tempos eram muito difíceis. Aquela banda que apoiava o Vale e
Azevedo e que me fazia esperas e que me dava porrada no carro e aquela
porra toda. Este [Mourinho] vai já, pensei. Nunca sonhei que ele viesse a
ser o que é."
Quando tentou voltar a contratar Mourinho ao Leiria
"Vou
ver se faço as pazes com ele. Mas o Mourinho tem um feitio complicado,
muito complicado... Estávamos a acertar mas ele não queria o Jesualdo
[Ferreira] na equipa técnica. As direções a que eu pertenci, como
dirigente do Benfica durante 17 anos, já tinham despedido o Jesualdo
duas ou três vezes. E já não tinha coragem para despedir mais vezes,
pronto! Já chegava. Isto já passa os limites. É uma excelente pessoa,
não é malandro. E estive a tentar convencer o Mourinho, mas ele dizia
que não. E ele já estava a negociar com o Porto."
Mourinho e a chantagem
“I
admit that I used blackmail on Manuel Vilarinho. Telling him that
either you give me a year´s contract or il´l leave because another club
is interested in me”, is a form of blackmail. However, truth to be told,
the blackmail wasn´t accepted.
(In biografia autorizada de Luis Lourenço)
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